SAIBA PORQUÊ A LEPTINA É UM HORMÔNIO CHAVE,
QUANDO SE PENSA EM EMAGRECIMENTO

A Leptina é de extrema importância no processo de emagrecimento, porém pouco falada. Produzida pelas nossas células adiposas (adipócitos), a Leptina é conhecida com o “Hormônio da Saciedade” pois envia sinais ao nosso Sistema Nervoso Central de que já estamos saciados e, portanto, que devemos parar de comer. Além disso, a Leptina é aquele hormônio essencial, que faz com que a gente perca peso após uma viagem onde engordamos… e também faz com que a gente ganhe peso, quando perdemos rápido por algum motivo… principalmente doenças.

Calma. Ficou confuso?! Pois bem. Pense que, se você pesa 60kg e viajou para os Estados Unidos, passou 10 dias e ganhou 4kg. Claramente este não é o seu peso. O seu corpo sabe que não é o seu peso… logo, a Leptina é o hormônio responsável por acelerar o metabolismo e diminuir o seu apetite, até voltar no seu peso normal. Da mesma forma que, se você pesa 60kg e, perde 4kg porquê ficou doente… ao passar os enjôos você sentirá mais fome e estará letárgico… com o metabolismo mais lento!

Este é um mecanismo incrível e, na minha opinião, pouco falado ou até estudado. Pense agora, num indivíduo que pesa 60kg faz 10 anos. De repente ele quer emagrecer e, com uma estratégia errada, ou de forma sofrida, simplesmente passa fome e reduz em 50% as suas calorias diárias. Ele, assim, perde 5kgs em 20 dias! Qual o prognóstico deste paciente?!

Naturalmente o corpo irá entender que algo está errado, e irá aumentar o apetite desta pessoa, gerando os famosos quadros de Compulsão Alimentar – não é apenas em restrição calórica que a Compulsão aparece. Voilà! Veja porquê dietas com restrição grande de calorias não funcionam a longo prazo…

O processo de emagrecimento não é fisiológico! O nosso corpo não quer emagrecer… O nosso corpo quer armazenar energia. Ele faz de tudo para que isso aconteça… portanto, pessoas com deficiência de Leptina – pode ser congênito – terão uma dificuldade enorme de emagrecer, pois o corpo acredita que ela é magérrima… não pode perder mais gordura, por sobrevivência.

Assim como pessoas com excesso de peso possuem resistência a Leptina, ou seja… Elas tem bastante Leptina na corrente sanguinea, mas assim como acontece na Resistência à Insulina, os tecidos ficam resistentes e não respondem à esse hormônio, fazendo-se necessário produzir mais e mais… Por isso, geralmente, estas pessoas possuem o apetite sempre aumentado.

Mas… o que fazer para controlar melhor a Leptina?!
Até onde sei, temos mecanismos de controle de Leptina, principalmente em casos de Resistência à Leptina… E até onde sei, o único jeito de aumentar a Leptina, é fazer o famoso REFEED – Realimentação – durante as dietas de emagrecimento a longo prazo ou restritivas. O famoso “Dia do Lixo” nas dietas de fisiculturismo tem sim, fundamento… rsrs

Mas, vamos lá, como manter os seus níveis de Leptina adequados?!

  • Dormir bem! Quem dorme pouco ou dorme mal, apresenta níveis reduzidos de Leptina.
  • Exercite-se regularmente. A prática de atividade física será sempre uma boa idéia.
  •  Evite alimentos inflamatórios – já falei muito deles por aqui, mas basicamente seria o açúcar, a farinha e a gorduras trans.
  • Aumente o consumo de alimentos antiinflamatórios – vitaminas & minerais das frutas, verduras, compostos dos chás, ervas & temperos, além do ômega 3. 
  • Se você está fazendo Dieta Low Carb restrita – leia-se cetogênica ou consumo reduzido de carboidratos por muitos dias seguidos, sem furos… –  aumente o consumo de carboidratos bons de vez em quando. A cada 10 dias, por exemplo. E estes carboidratos seriam as raízes, tubérculos, frutas doces…

 

OBSERVAÇÃO. Além disso, a Leptina também controla pressão arterial, células imunológicas, ciclo menstrual, massa óssea, batimentos cardíacos, secreção de Insulina e hormônios tireoidianos!

O GLUTEN & TODA A SUA POLÊMICA

Antes de mais nada, quero começar esclarecendo que não vou defender ou demonizar nenhum alimento, apenas expor informação com embasamento. Pois bem, vamos lá, porque o Glúten tornou-se tão mal visto nos últimos anos?!

Com o aumento da população mundial e a Revolução Industrial, fez-se necessário produzir mais, para alimentar mais pessoas. Ao mesmo tempo, descobriu-se como modificar geneticamente as sementes, podendo então, produzir sementes capazes de germinar, crescer, desenvolver e virar alimento numa velocidade maior. Nessas idas e vindas e testes genéticos alimentares, apareceram diversas novas espécies de Trigo, dentre eles, espécies com uma concentração muito maior de uma proteína chamada Glúten.

O trato gastrointestinal do corpo humano não reconhece esta proteína e não reage bem a ela. Obviamente o nosso organismo é extremamente sábio e apresenta inúmeros processos de homeostase metabólica. O que isso quer dizer?! Que nosso organismo tem capacidade de lidar com o “ruim” ou com o “errado”. Porém, não é apenas o Glúten que o corpo precisa lidar, e não é uma quantidade pequena, não é de vez em quando… ou seja, o nosso corpo está saturado. Inundado de toxinas, desde poluentes, agrotóxicos, metais pesados, BPA… e ai, por praticidade ou desconhecimento, comemos Pão diariamente, ou torta, quiche, torradas… massas, bolos, empadas… simplesmente encontramos uma alternativa barata e gostosa, para suprir a nossa vontade de comer que, infelizmente, mais vicia do que alimenta.

E ai que entra o grande problema, o looping da má alimentação… um organismo saturado, que apresenta uma incapacidade de lidar com mais toxinas (você pode nascer com uma capacidade detox ruim, ou pode também desenvolver ao longo da vida), precisa recrutar o organismo para lidar com aquilo. Como o nosso organismo lida com invasores? Inflamando. Bingo!

Chegamos no grande problema na modernidade… Doenças Inflamatórias.
Já falei inúmeras vezes sobre isso, mas vou continuar batendo na mesma tecla… enquanto continuarmos desembalando mais do que descascamos, continuaremos doentes.

O Glúten entra nessa história por ser uma proteína inflamatória que está presente de forma extremamente abundante na alimentação das pessoas, causando alterações da função digestiva – veja bem, eu falei função… pode ser que você nem sinta incômodo – fazendo com que o seu intestino passe a permitir a entrada de macromoléculas, inflamando ainda mais o seu corpo, que não reconhece aquilo… essa inflamação, vai causar um desequilíbrio de pH que, mais uma vez, nosso corpo é capaz de resolver… porém ele resolve como?! Trocando íons e elétrons com tecidos que possuem o que ele precisa. E isso, em grande escala, gera, no mínimo, osteoporose (retirada de Magnésio e Cálcio dos ossos para tornar o meio mais alcalino novamente) e, futuramente (ou até anteriormente, a depender da tendência genética desta pessoa) o aparecimento de Doenças Inflamatórias (Autoimunes) e Cânceres (que só se desenvolvem em meio ácido).

Onde quero chegar?! O Glúten inflama? Sim.
Ele é o único responsável pela pandemia de Doenças Inflamatórias? Não.
O que devemos fazer?!
1- Se você já apresenta alguma Doença Autoimune, retire. Mesmo.
2- Se você já apresenta algum sintoma, seja diarréia, enxaqueca, insônia, coceiras… tente retirar da sua alimentação (e melhora-la como um todo) e ver se melhora…
3- Se você não sente nada, não apresenta nenhuma doença… não espere acontecer. Melhore a sua alimentação, coma mais comida de verdade, menos industrializados, corantes, conservantes, alimentos geneticamente modificados… e, caso queira comer um Hambúrguer ou Pizza… prefira aquelas artesanais, um Pão de Fermentação Natural, uma Massa Grano Duro… não coma Pizza Hut, Mc Donalds, Miojo… pelo amor de Deus!

Cuide do seu corpo como você cuida de quem você mais ama…
E pense que você não coloca uma gasolina porcaria no seu carro… certo?!
Porque faria isso com seu corpo?!

Seu corpo. Seu templo.
Cuide-se.

 

 

FAZER DIETA x REFEIÇÕES LIVRES

Acho muito bacana abordar esse tema… chega a ser até engraçado, como quase todas as pessoas que passam em consulta, perguntam sobre o tal “dia do lixo”, ou como fazer as suas “refeições livres”. É quase como iniciar um relacionamento pensando no dia em que vai trair rsrs

Parece muito óbvio que o nutricionista espera que o paciente não fure a dieta… certo?! Pois bem, diferentemente de relacionamentos, não é isso que nós esperamos de vocês! O que a gente espera é que vocês tenham uma boa aderência ao plano alimentar, que vocês gostem das opções que estão ali prescritas, que vocês sintam-se energizados e satisfeitos com o que comem no dia a dia, a ponto de não precisar furar a dieta. Porém, sempre irá existir uma festa, um coquetel, um vinho ou viagem. E tudo bem!

Meus pacientes me perguntam “Como furar a dieta?” e eu respondo “Com aquilo que realmente vai valer a pena!” entendem!? O que vale a pena para mim é um Hambúrguer com Fritas. Eu passo ilesa na pizzaria, na massa em restaurante italiano, nas frituras de barzinhos, no trigo do árabe… Mas ir numa hamburgueria e comer a carne no prato… não vai ser natural. Vou ficar irritada e muito provavelmente vou acabar não resistindo e comendo, o que vai me gerar frustração, e vou me sentir incapaz de “me controlar”… o que é horrível! Então, o que fazer nesses casos?!

Simples. Quando eu vou na Hamburgueria, eu peço exatamente o que eu quero. Eu já vou com o intuito de comer aquilo, e eu como conscientemente, sei que não faz bem, sei que tem muito mais carboidrato e calorias do que estou acostumada, e tudo bem. Tudo bem porque o resto do meu dia e da minha semana, foram muito bons, e provavelmente eu não vou engordar ou prejudicar minha saúde.

O ponto que quero chegar é que os furos existem, mas eles devem ser a exceção, não a regra. Isso parece muito óbvio, mas vejo muito pacientes que comem um chocolatinho com o café na hora do almoço… uma bolachinha no meio da manhã, um pão de queijo na reunião, um choppinho no Happy Hour, uma torradinha no café da manhã… e tudo isso, pode parecer pouco se isolado, mas somam-se 3 ou 4 furos por dia, que juntos fazem com que a conta não feche. Fazem com que seus triglicérides continuem altos ou seu peso não diminua…

Como furar a dieta?! Com aquilo que vai te fazer realmente feliz!
Não comer sorvete só porque estão todos na sorveteria…
Não comer pão só porque é fim de semana…
Não comer massa só porque é um restaurante italiano…
Quase sempre haverá outras opções. Mesmo. Basta você querer, olhar o cardápio, parar 30 segundos para pensar se realmente vale a pena… porque as vezes, nem vale. O “só hoje” vira todos os dias e você se frustra, pensa que dieta não é para você, porque afinal, nada muda.

Tome as rédeas da sua alimentação. Abra poucas exceções e, quando abrir, sem culpa, viva feliz! Coma feliz, sem sentir-se mal por isso. Comer é um ato cultural e social. Só deixo a mensagem de que isso seja feito com moderação. De nada adianta se privar a ponto de sofrer durante a semana, e no fim de semana se recompensar por isso. A idéia é que você se esforce, não se sacrifique. E isso, todos os dias.

Sacrifícios não duram muito tempo.
Sacrifícios tem começo, meio e fim. Sacrifícios são os famosos “Projeto Verão” onde eu, com certeza, vou pedir o Hambúrguer no prato, sem pão, e vou ficar sem meu Vinho. Isso é sacrifício para mim, e obviamente que eu só faço isso, nas vésperas de uma viagem, por exemplo. O resto do meu ano, eu me mantenho bem, saudável e fazendo as melhores escolhas. Isso, no caso, é esforço.

Espero que tenham entendido.
Lembrem-se que o seu corpo, é a sua casa. Seu templo.
Cuidem-se.

PONTOS IMPORTANTES SOBRE PERFIL LIPÍDICO
& ANÁLISE DE EXAMES LABORATORIAIS

Este assunto é bem interessante e sempre discutido em consultório. Afinal, o que realmente importa nos resultados dos exames laboratoriais de Perfil Lipídico?! O Colesterol Total?! O HDL?! Será que este realmente protege o coração?! E será que quanto mais alto estiver, melhor?! E o Colesterol… quando está “baixinho, igual de de criança” é algo bom?! Ou será que devo usar Estatinas?!

Pois bem, para esclarecer tudo isso, eu preciso que vocês entendam o que é o Valor de Referência que aparece no exame de sangue. Não sei se vocês sabem, mas aqueles números (mínimo & máximo) não dizem se você está ou não saudável. Basta ver que, em cada laboratório, o Valor de Referência é um. Portanto, como pode ser um fator determinante para a sua saúde, se em um laboratório você teria Diabetes e no outro não?!

Assim fica claro que tem algo por trás deste número… algo que é variável, certo?! Certo! Isso porque os valores de referência são obtidos através de estatística. Vocês se lembram da Curva de Sino (Curva de Gauss, Curva de Distribuição Normal…) que aprendemos na escola ?! Então, na construção desta curva, (gráfico) acha-se um intervalo de números (mínimo e máximo) que contém 95% dos resultados dos pacientes, deixando 2,5% dos valores mais baixos e 2,5% dos valores mais altos, de fora, e entendemos como se fosse resultados “fora normal” .

A partir disso começa a fazer sentido, porque os Valores de Referência para o Colesterol Total vem baixando tanto… há alguns anos atrás, era <200mg/dl. E digo alguns, pois são poucos mesmo… talvez 10 anos, no máximo. Antes disso já foi <220mg/dl, mas não presenciei. Pois bem, estes valores caíram para <190mg/dl, <180mg/dl e já vi alguns laboratórios admitirem <160mg/dl como sendo o valor ideal… – Não vou nem entrar no mérito da relação (comprovada) com o Colesterol baixo e Depressão, baixa de produção de Hormônios Sexuais e etc… 

E agora eu te pergunto… em 10 anos, a população mudou tanto a expressão dos seus genes, que passou ser necessário manter um nível baixo de Colesterol para a sobrevivência da espécie… ou as pessoas estão consumindo Estatinas demais, ou praticando pouquíssima atividade física (o que baixa muito o HDL), mantenho assim, seus níveis de Colesterol sempre baixos…?!

A partir desta informação, sempre falo para meus pacientes se preocuparem com a relação entre os exames e nunca com um resultado isolado. Além disso, trabalho com valores de referência específicos para a Nutrição Funcional, ou seja, o meu foco está na otimização metabólica do meu paciente, portanto, vou colocar abaixo os meus valores de referência, e simular uma leitura, para que fique bem claro o que quero dizer (ESTA PUBLICAÇÃO NÃO SUBSTITUI AVALIAÇÃO MÉDICA OU NUTRICIONAL,  INDIVIDUAL, DO PACIENTE)

Valores de Referência
TG / HDL < 2
TGs < 80
CT / HDL < 3,5
LDL / HDL < 2,3
ApoB/ ApoA1 < 0,5
Insulina < 8mg/dl
HOMA IR < 2

CASO) Paciente do sexo masculino, 57 anos, chega aflito e preocupado com o seguinte exame laboratorial:
Colesterol Total de 227mg/dl
HDL 68mg/dl
LDL 121mg/dl
Triglicérides 72mg/dl
Insulina 5mg/dl

Porque ele estava aflito?! Pois o Colesterol Total dele encontra-se “muito acima” do valor de referência do laboratório (que é <170mg/dl) e, o LDL também deveria estar abaixo de 100mg/dl…
Pelas contas acima, encontramos que:

TG / HDL = 1
TGs = 72
CT / HDL = 3,2
LDL / HDL = 1,7
Insulina = 5mg/dl

Você diria que ele está doente ou correndo risco de saúde?!
Pois bem… este paciente chegou com a receita de Estatina em mãos! Estatina esta, que irá depletar um monte de Coenzima Q10, responsável pela saúde do sistema nervoso central, memória, cognição… causar dor nas pernas e outros muitos efeitos colaterais. Estou dizendo que não se deve tomar a medicação?! Em hipótese alguma! Estou dizendo que todo e qualquer medicamento deveria ser muito bem avaliado antes de ser prescrito, mas não é o que vemos…

O meu recado é que cuidem da alimentação de vocês. Pratiquem atividade física. Descasquem mais e desembalem menos… consequentemente você irá consumir muito menos Carboidratos refinados, que irá melhorar a sua saúde, principalmente cardíaca – assunto para uma próxima publicação – e, tenha um profissional de saúde capacitado de sua confiança!

Seu corpo. Seu templo.
Cuide-se.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O JEJUM

Primeiramente, você precisa se perguntar o motivo pelo qual estaria fazendo o Jejum. Na minha opinião, esse é o ponto mais importante… afinal, trabalho e valorizo muito a individualidade biológica. Isso significa que o que é bom pra mim, pode não ser bom para você. Ou seja, o Jejum apresenta sim, inúmeros benefícios para a saúde, que podemos até listar abaixo:

  • Autofagia de células ruins – potencialmente causadoras de Alzheimer e Câncer.
  • Maior sensibilidade à Insulina – ótimo para Diabéticos.
  • Maior sensibilidade e percepção de fome & saciedade.
  • Aumenta os anos de vida – afinal, realizar digestão exige respiração celular. Esta por sua vez, naturalmente aumenta radiais livres.
  • Diminui marcadores inflamatórios.
  • Melhora a cognição – por ativação de proteínas como BDNF.
  • Melhora padrão de compulsão alimentar – desde que não seja um Jejum programado.
  • Melhor e mais barata forma de Detox que existe.
  • Emagrecimento.

Agora… depois de todos esses benefícios… você me pergunta: Qual seria o motivo de eu não realizar o Jejum… não é mesmo!? Pois bem. O Jejum, naturalmente aumenta o Cortisol. Por manter os níveis de Insulina mais baixos, fisiologicamente o Cortisol ja estaria mais alto. Outra forma de aumentar o Cortisol seria pelo stress gerado no organismo, quando falamos de um Jejum programado – falarei adiante o que seria este tipo de Jejum.

Portanto, pacientes com Fadiga Adrenal (Burnout, Overtraining, Exaustão Adrenal, Estafa…) que já apresentam níveis de Cortisol alterados (muito alto ou muito baixo) não devem exigir mais nada desta glândula… pois poderia sim, piorar muito o quadro.

Quem mais não deve realizar Jejuns prolongados ( >16h ) ?!
Pacientes portadores de Hipotireoidismo. Na teoria, o Jejum não prejudica a tireoide em si… mas na prática, o que acompanho, não é bem assim… Obviamente que existem exceções, mas meus pacientes com Hipotireoidismo, que chegaram realizando Jejuns longos, tiveram seus hormônios tireoidianos alterados sim, o que me faz acreditar que, o Jejum realmente prejudica esta glândula também, uma vez que, mudando a estratégia (mantendo Low Carb e colocando Jejuns máximos de 12h ) o paciente teve melhora clínica e laboratorial… Outro ponto que acredito ter relação, é exatamente pelo aumento do Cortisol e, também, pela diminuição da Glicose sanguínea. Afinal, a tireóide precisa de Glicose para converter corretamente o T4 (Reserva) em T3 (Ativo), e pela doença em si, estes pacientes não devem conseguir realizar a Gliconeogênese de forma eficiente – que seria a criação de Glicose a partir de outros substratos.

E, para finalizar, pacientes com Depressão & Transtornos de Humor não devem realizar Jejuns prolongados, uma vez que a o Carboidrato (Glicose) aumenta a serotonina e, nestes pacientes, este neurotransmissor deve ser levado em consideração ao longo de todo o tratamento. Mas, não entendam mal, não estou sugerindo que comam muitos Carboidratos, apenas que cuidem que não haja uma alteração brusca de Glicose sanguínea ao longo do dia. Portanto, nada de consumo exagerado de Carboidratos, evitar os de Alto Índice Glicêmico e, como cereja do bolo, evitar Jejum > 12h, por precaução. Principalmente se estes estiverem em uso de medicamentos.

No mais, o Jejum prolongado (> 16h ) pode e deve ser praticado. Para os demais pacientes, manter-se em 12h a 14h já é um excelente auxilio para o corpo, e já observa-se os benefícios acima citados. Já o Jejum programado – aquele que não foi simplesmente fisiológico, que é comum acontecer com pessoas que fazem uma alimentação limpa e livre de exageros – deve ser feito somente com orientação nutricional. Normalmente os Jejuns programados são estratégias nutricionais e não devem ser realizados sem supervisão.

Seu corpo, seu templo.
Cuide-se.

 

ALERGIAS & INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES

por Nathalia Destri

Alergias e intolerâncias alimentares têm apresentado prevalências cada vez maiores na população e, mesmo parecendo semelhantes, apresentam origem e mecanismos de ação distintos entre si. Ambas, apesar disto, são causadoras de muitos desconfortos diários em comum como gases, diarreia, constipação, pele acneica, enxaqueca, cansaço excessivo, alterações hormonais, entre outros.

As intolerâncias, causadas pela ausência ou baixa quantidade de determinada enzima no organismo, impedem a correta digestão de um alimento e, por isso, propiciam a sua fermentação posterior pelas bactérias do intestino grosso dando origem, assim, aos clássicos sintomas locais – dores abdominais, flatulência, alterações nas fezes. O exemplo mais conhecido é a intolerância à lactose, caracterizada pela falta ou diminuição da lactase, porém também são possíveis reações à outros alimentos como frutas cítricas, fermentados, glúten, banana, corantes, vinhos tintos e alguns cereais.
A alergia, por sua vez, se caracteriza pela ativação do sistema imunológico após a ingestão de alguma proteína, no caso, alimentar. Os mecanismos fisiológicos envolvidos estão estreitamente relacionados com o tempo desta ativação, podendo ser imediato (via IgE, entre segundos e poucas horas), tardio (via IgG, entre horas e dias) ou misto. O primeiro comumente causa urticárias, anafilaxia, formações de placas e, em casos muito graves, desmaios e óbito. O segundo, por sua vez, costuma se apresentar através de dermatites, enxaquecas, crises patológicas, inflamações generalizadas, entre outros. Os principais e mais comuns alérgenos alimentares são leite de vaca, glúten, soja, amendoim, peixes e frutos do mar, ovos e oleaginosas.
O diagnóstico de qualquer aversão deve ser feito em conjunto com profissionais da área e, também por esta razão, recomenda-se que indivíduos com quaisquer dos sintomas se consultem com uma nutricionista. Se não retirados da alimentação, estes alimentos são capazes de gerar complicações graves à saúde de maneira geral.

AFINAL, O QUE SÃO DISRUPTORES ENDÓCRINOS?

Os disruptores endócrinos são substâncias que se assemelham e agem como hormônios no nosso sistema endócrino, causando uma série de consequências e alterações na função fisiológica, alterando a forma de comunicação entre os hormônios e o nosso sistema endócrino. Os disruptores endócrino alteraram e prejudicam a nossa produção endógena de hormônios.

Apesar de já existirem na natureza muitas substâncias similares, como os fitoestrógenos presentes na soja, os artificiais apresentam um potencial de perigo muito maior, pois eles persistem no corpo, enquanto os naturais podem ser eliminados em alguns dias.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição aos Disruptores Endócrinos ao longo do tempo aumenta a expressão de algumas doenças, como:

  • Reprodutivas & Endócrinas: Câncer de mama, Câncer de próstata, Endometriose, Infertilidade, Diabetes & Obesidade.
  • Imunes & Autoimunes: Suscetibilidade a infecções & Doenças autoimunes.
  • Cardiopulmonares: Asma, Doenças cardíacas, Hipertensão & Infarto.
  • Cerebrais & Nervosas: Mal de Parkinson, Mal de Alzheimer, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Dificuldades de aprendizado.

Esta é a chocante e triste realidade que estamos inseridos… sempre falo em consultório, que a geração dos 30 anos para baixo (nascidos a partir da década de 80), nasceu imersa em compostos nocivos. Desde a mamadeira de plástico e a falta de amamentação de leite materno, o microondas, os agrotóxicos, o óleo de soja & canola, a margarina e os adoçantes! Sem falar das Pílulas Anticoncepcionais, consumidas e administradas como se fossem tão seguras quanto um bombom, por crianças de 13 anos.

Mas, vamos conhecer quem são os principais Disruptores Endócrinos e, como evita-los?!

  • BPA (Bisphenol A – Bisfenol A) – Evitem embalagens plásticas e até mesmo as de alumínio, revestidas por plástico contendo BPA.
  • Dioxina – Diminuir o consumo de produtos de origem animal.
  • Atrazina – Consumindo orgânicos e, se conseguir, consumir água filtrada com certificado de remoção de Atrazina.
  • Ftlatos – Ler os rótulos principalmente de produtos de higiene.
  • Perclorato – Quase impossível… desta forma, garanta uma ingestão adequada de Iodo – principalmente via Algas Marinhas – para minimizar os efeitos
  • Chumbo – Maquiagens livre de chumbo.
  • Arsênico – Quase impossível também… se possível, utilizar um bom filtro.
  • Mercúrio – Evite o consumo excessivo de Peixes & Frutos do Mar ou consuma Salmão Selvagem.
  • Químicos Perfluorados (PFCs)Evitar panelas antiaderentes… os modelos de vidro, cerâmica, barro, porcelana, ferro & aço cirúrgico são os que trazem menos risco à saúde humana.
  • Agrotóxicos Organofosforados – Consumir Orgânicos sempre que possível

LEIA A LISTA COMPLETA & BEM DETALHADA AQUI .

O QUE É DIETA FLEXÍVEL ?

Vamos à mais um assunto muito comentado e pouco esclarecido! Afinal, o que é a “Dieta Flexível” ?!
O termo “Flexível” que deu o nome desta dieta, se deve ao fato de que, quando se estabelece a sua necessidade diária de Calorias & Macronutrientes (Carboidrato, Proteína & Gordura), não importa o que você consuma para atingir estes Carboidratos, por exemplo, desde que não ultrapasse a sua meta.
Ex. 1500kcal por dia, sendo 100g de Carboidratos
Estes 100g de Carboidratos podem ser:
– 1 un. (100g) de Banana com
2CS (30g) de Aveia em Flocos &
1cchá (5g) de Mel Orgânico no Café da Manhã
– 200g de Abóbora Japonesa cozida no Almoço
– 1/2 un. grande (200g) de Mamão Papaia no Lanche da Tarde &
– 4CS (80g) de Arroz integral cozido no Jantar

Ou pode ser:
– 50g de M&Ms
– 1un. de Pão Francês
– 1un. (100g) de Snickers

Obviamente que fiz um exemplo bem agressivo e oposto mas, no mais, esta é a idéia da Dieta Flexível: Flexibilizar os alimentos, desde que eles se encontrem dentro dos macronutrientes estipulados.
A Dieta Flexível é a mesma dieta, mais antiga, chamada IIFYM – If It Fit Your Macros.

Qual o ponto positivo?! Em teoria, uma pessoa pode comer M&Ms em algum momento, sem que ela se sinta culpada ou sinta que “estragou tudo”, pois o açúcar do M&Ms pode ser contemplado dentro dos Carboidratos da dieta daquela pessoa. Em tese, isso ajuda muito com o pensamento fatalista e compulsões alimentares, para alguns pacientes.

Qual ponto negativo?! Equivocar-se e acreditar que, Pão Francês, Snickers & M&Ms te trarão o mesmo corpo e a mesma saúde do que os itens acima mencionados. Uma vez, trocar os Carboidratos do Café da Manhã pelo M&Ms no cinema, não é nenhum problema, inclusive é o que faço na minha vida pessoal, sempre que quero “furar” a dieta. É a famosa lei da compensação. Come-se menos numa refeição pois sabe-se que irá exagerar em outra, ou vice versa.

O grande x desta questão é que pessoas com doenças específicas – principalmente auto imunes, que é o que mais trabalho – não podem trocar Batata Doce por Pão Francês… entendem?! E ninguém pode ou deve viver de alimentos pobre em nutrientes, só porque eles correspondem aos seus macronutrientes. Acredito que o ponto delicado desta dieta seja exatamente catequizar o paciente de que, ele pode sim, comer um Chocolate de vez em quando e ensina-lo que o Chocolate não o fez perder tudo… e que pode sim estar inserido dentro de um plano saudável. O problema que vejo nas redes sociais é que as pessoas estão levando a contagem de macronutrientes tão ao pé da letra, que esquecem que existe Vitaminas & Minerais.

Se o que realmente importasse fossem as calorias, fazer uma dieta era tão fácil quanto jogar dominó. Se o que realmente importasse fossem as calorias, conseguiríamos curar doenças e emagrecer os obesos apenas mexendo com este número absoluto… o que claramente não é o que acontece na prática.

E mais, na minha opinião, toda dieta deve ser flexível. O que isso significa? Pelo menos para mim e para meus pacientes, a minha missão é passar à ele aquilo que ele deve consumir, faze-lo entender o porque de certos alimentos e, catequiza-lo de que, caso não tenha ovos, ele pode comer frango, peixe, carne… ou pode também comer iogurte, queijo… E ainda, se quiser, pode comer um Hambúrguer com queijo & bacon… mas que Ovo não pode ser substituído por Banana, mesmo que a Banana seja saudável, ela não é do mesmo grupo alimentar…

O cardápio de um nutricionista tem que ter opções sim, mas o mais importante é o paciente aprender, aos poucos, fazer as melhores escolhas. Ninguém deve ficar engessado em 2 alimentos de manhã, 3 alimentos no almoço, 1 alimento no lanche e mais 2 alimentos no jantar. Isso se chama monotonia alimentar, causa desnutrição e o mesmo problema de consumir M&Ms e Chocolate como fonte de energia…

Fazer dieta tem que ser prazeroso, gostoso, saboroso, inovador…
Temos que estimular o raciocínio do paciente, testar novos sabores, ensinar como fazer as melhores escolhas, mesmo que ele esteja viajando… e que se quiser tomar cerveja no churrasco, evitar o pão e farofa.

Entendem onde quero chegar?!
Nenhuma dieta é a melhor. Nenhuma dieta é a salvação. Nenhuma dieta é para todo mundo. O que você precisa é encontrar a melhor dieta para você, normalmente com ajuda de um bom profissional e, a partir disso, ser muito bem orientado, para que você não ache que Low Carb é comer Picanha com provolone, Ovos com bacon, Frango com pele recheado de presunto, Nata no Café e Creme de Leite no Morango. Muito menos achar que flexibilizar a dieta é comer Snickers no Café da Manhã. Assim como a Gordura da Low Carb deve ser ponderada e usada com moderação, os quitutes da Dieta Flexível também.

Não existe uma dieta saudável que a base não seja Verduras & Legumes!
Falta interpretação, leitura e estudo… até mesmo para os pacientes. Sejam curiosos, leiam, perguntem!

É isso, espero que tenham entendido.

BENEFÍCIOS DO VINAGRE DE MAÇÃ

O vinage de maçã é um produto que podemos dizer que é versátil. Isso ocorre porque temos em sua composição o ácido acético, potássio, magnésio, probióticos e enzimas, o que contribui para a capacidade do vinagre de maçã de eliminar o corpo de bactérias e toxinas prejudiciais. Um excelente alimento ótimo para todo o corpo, sem efeitos colaterais.

Abaixo, os principais benefícios do Vinagre de Maçã:

  • Regule os níveis de pH do corpo – Com o desequilíbrio do PH sanguíneo (corantes, adoçantes, medicamentos, conservantes, toxinas…), temos uma alteração na concentração de magnésio, potássio, sódio, entre outros eletrólitos. O vinagre de maçã ajuda a reequilibrar este sistema enviando uma dose de eletrólitos à corrente sanguínea.
  •  Pode ajudá-lo a controlar o mau cheiro. Talvez o vinagre de maçã não substitua o seu desodorante ainda (sugiro que substitua o seu desodorante convencional pelo leite de magnésia ou alguma opção livre de alumínio). Mas o vinagre de maçã contém probióticos que matam bactérias ruins, que são responsáveis pelo mau cheiro.
  • Ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Regularmente consumir vinagre de maçã pode ajudar a reduzir os níveis de açúcar no sangue e mantê-los equilibrados.
  • Melhora a saúde intestinal e a digestão. Se você sofre de inchaço, diarréia, gases ou outras doenças digestivas, o vinagre de maçã pode ser o seu novo melhor amigo. Graças às enzimas e probióticos encontrados no vinagre de maçã, temos o equilíbrio do seu sistema digestivo, aumentando a produção de ácidos do estômago, que ao contrário do que muitos pensam, a deficiência de ácidos estomacais é muitas vezes o responsável pelas alterações e dores estomacais e não o excesso.
  • Ajuda na perda de peso. Isso ocorre devido ao vinagre de maçã estimular o sistema cardiovascular, ajudando a desinchar, bem como auxiliar no aumento seu metabolismo, de forma sutil.

Obs. Sugiro que opte pela versão orgânica.

ATENÇÃO NA ALIMENTAÇÃO VEGANA & VEGETARIANA

por Nathalia Destri

A adesão às dietas vegetarianas vem crescendo nos últimos tempos e ganhando, assim, muita visibilidade e questionamentos. Independente dos motivos envolvidos na exclusão dos produtos animais, é necessário  uma atenção nutricional especial a esta população, já que muitos nutrientes têm biodisponibilidade diminuída quando provenientes do reino vegetal em comparação às suas formas encontradas em animais e derivados.

Vegetarianos (exclusão de carnes com ingestão ou não de ovos, lácteos e outros derivados) e, principalmente, veganos (exclusão de qualquer derivado animal) devem cuidar com o exagero na ingestão de carboidratos, especialmente refinados e provenientes de pães, bolos, massas e outros farináceos, tendo sempre preferência à tubérculos, raízes, legumes, frutas e alguns cereais (maior quantidade de fibras e menor impacto na glicemia). É preciso, também, atenção à ingestão de fontes proteicas (ovos, lácteos, leguminosas, sementes, oleaginosas, tofu) e lipídicas (sementes, oleaginosas, coco, abacate, oliva, gema de ovo) de qualidade.
Micronutrientes, como Zinco, Vitaminas do Complexo B, Ferro, Cálcio & Iodo, devem ser bem calculados e manuseados para que tenham as melhores digestões possíveis com poucas interações entre nutrientes e/ou medicamentos potencialmente prejudiciais às suas biodisponibilidades. Um bom exemplo é a junção de Vitamina C ao Ferro Vegetal (maior absorção pelo corpo) e a não ingestão deste mineral & Cálcio, numa mesma refeição (pois há disputa pelo mesmo sítio, ou seja, são diferentes chaves para uma mesma fechadura de absorção no intestino).
Além disto, também deve haver uma preocupação com fatores antinutricionais (naturalmente presentes em alimentos) e fibras em excesso já que ambos os grupos tendem a ingeri-los em grandes quantidades e esses, quando em exagero, atrapalham (e muito!) a digestão e o aproveitamento de minerais, vitaminas e compostos bioativos de alimentos.
Em adição, assim como a maior parte dos onívoros (infelizmente), vegetarianos & veganos precisam acompanhar de perto seus níveis corpóreos de vitaminas B 12 e D, sendo que a primeira pode ser ingerida através de leveduras e algas e a segunda sintetizada a partir da exposição solar, por terem alta tendência à importantes deficiências das duas.
Estes padrões alimentares apresentam correlação com menores incidências de diabetes, hipertensão, cânceres, doenças cardiovasculares e outras patologias diversas e são, portanto, considerados muito saudáveis e promissores quando bem orientados por bons profissionais da área.